29/03/2009

MAIORIA DA POPULAÇÃO VOTARIA EM UMULHER PARA PRESIDENTE


Pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), feita em conjunto com o Instituto Patrícia Galvão e o Cultura Data, apontou que 90% dos brasileiros elegeriam uma mulher para cargo público. Desse grupo, 74% votariam em uma mulher para prefeito, governador ou presidente, o que, do total, corresponde a 67% dos brasileiros.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro, com 2.002 entrevistas em 142 municípios de todas as regiões do País. A pesquisa ainda aponta que para 83% dos entrevistados a presença de mulheres no poder "melhora a política". Na opinião de 75% deles, só há democracia, de fato, se elas estiverem nas várias instâncias de poder. Já para 73% dos brasileiros a população ganha com a eleição de um maior número de mulheres.

O apoio à presença feminina no panorama político nacional foi constatado em todos os segmentos da amostra, tanto demográficos como regionais.Em contrapartida à opinião da maioria favorável à participação feminina no poder, a realidade não se revela tão otimista em relação às mulheres. De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República - e que apoiou a pesquisa -, o Brasil conta hoje com apenas 8,9% de mulheres no Congresso Nacional, 12% nas assembleias legislativas e 12% nas câmaras municipais. Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização internacional com sede em Genebra, na Suíça, o Brasil ocupa a 141ª colocação no ranking que avalia a presença de mulheres em parlamentos de 188 países. Entre os países da América Latina, o Brasil fica à frente somente da Colômbia.

28/03/2009

MULHER DO PARQUE ODEIA LULA E DILMA

Exemplar típico da burguesia paulistana, a dona caminhava pelo parque, as artérias provavelmente entupidas da banha da carne farta que comeu a vida toda, as pelancas balançando com deselegância nas pernas envelhecidas, nos braços roliços. Era uma mulher de mais de sessenta anos, com certeza – só que tinha a arrogância de uma adolescente.Claro que eu conhecia bem a prepotência das classes dominantes, mas essa me pegou de surpresa porque foi bem na minha cara que a mulher falou (e eu nem respondi, eu que normalmente teria passado nela um esbregue daqueles, como se diz na minha terra, eu que normalmente respondia, responderia, mandando-a engolir o que tinha dito: sua isso, sua aquilo, sua filha disso, sua filha daquilo...). Não tive ânimo. O dia estava também nublado, um sábado de manhã, a pessoa tendo que praticar a ridícula atividade de caminhar para perder peso, a tireóide endoidecida já desde os quarenta e poucos anos, desandada, sem funcionar direito, o metabolismo teimoso, a pessoa caminhando feito uma idiota, produto da civilização idiotizada também pelo sedentarismo.

A mulher das banhas e do cabelo tingido caminhava com duas outras. Estávamos em Perdizes, bairro de classe alta da zona oeste da cidade de São Paulo, num parque acanhado, cedido de favor pela companhia de águas do Estado para as pessoas caminharem, um parque sempre em obras, meio parque, meio depósito de canos, tubos e uma caixa d’água gigante.Ia passando pelas três mulheres, peguei a conversa já começada, fundada no mais odioso preconceito de classe. A mulher das carnes moles disse, voz alta e insolente: “Só falta agora ele (presidente Lula) eleger aquela mulher (Dilma Rousseff)."A gente vai sair do analfabeto ignorante para uma mulher! Eu prefiro morrer a ter que ver isso. Nosso presidente agora tem que ser o Serra, gente, pelo amor de Deus!” Então, uma das amigas dela retrucou, passando a mão no pescoço como quem mostra uma medida: “Ah, pra mim esse Serra também está engasgado até aqui!” A balofa respondeu imediatamente, com ares de dona do mundo: “Mas não tem outro, Fulana, não tem outro!”

Tratava-se do odioso preconceito de classe expresso na idéia de que a suposta “ignorância” do povo serve para justificar a necessidade de dirigi-lo do alto, ou seja, do lugar do discurso sábio e culto, que seria o das classes dominantes, como aponta Marilena Chauí: “O discurso sábio e culto, enquanto discurso do universal, pretende unificar e homogeneizar o social e o político, apagando a existência efetiva das contradições e das divisões que se exprimem como luta de classes. (...) A suposta universalidade do saber dá-lhe neutralidade e disfarça seu caráter opressor; de outro lado, a ‘ignorância’ do povo serve para justificar a necessidade de dirigi-lo do alto e, sobretudo, para identificar a possível consciência da dominação com o irracional, visto que lutar contra ela seria lutar contra a verdade (o racional) fornecida pelo conhecimento. (...) Dando ao povo o lugar da incultura, o dominante pode afirmar que a ‘plebe é temível’ porque movida por impulsos passionais (...).” (1981)

A mulher do parque de Perdizes era, além de tudo, uma sexista falocrata, uma reacionária tacanha, dessas capitalistonas bem mesquinhas.

Engoli minha revolta sem responder, o olhar fixo nos olhos dela, para ver se a constrangia. É que eu, enfraquecida, fiz uma inoportuna associação de idéias naquele momento, com um fato bizarro da história da minha vida: lembrei que no ônibus em que eu vim de Recife para São Paulo como retirante, nos idos de 1969, fizemos amizade com uma mulher paulistana e seus dois filhos meninos, que voltavam de férias nas praias do Nordeste – os filhos e a mulher eram lindos, pele boa, cabelo brilhoso, roupa rica, fala toda delicada, gente que a gente só via na TV.

Meus irmãos e eu, crianças mirradas, paupérrimas e matutas ficamos encantados. Alguém perguntou o nome do bairro em que eles moravam em São Paulo e a mulher respondeu: “Perdizes.” Nunca me esqueci disso. Talvez porque tenha achado o nome também lindo. Nunca tinha ouvido falar. Hoje, quarenta anos depois, moro muito perto deste bairro e minha vida não faz o menor sentido – ou talvez fizesse se a mulher do parque fosse aquela mesma do ônibus, hoje caricatural e bruxa, aquela que, na minha consciência de classe, aprendi a odiar.

Marilena Felinto é escritora e articulista da revista "Caros Amigos"

26/03/2009

Governo amplia seguro-desemprego para demitidos em dezembro

Os trabalhadores demitidos em dezembro do ano passado terão direito a receber até sete parcelas do seguro-desemprego. O anúncio foi feito pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. De acordo ele, pessoas que perderam o emprego em 42 setores – entre eles, os das indústrias têxtil, metalúrgica e mecânica – passarão a ter o benefício a partir de 1º abril. Segundo dados dos ministério, 103,7 mil desempregados vão ser atingidos pela medida.

A ampliação de cinco para sete do número máximo de parcelas do segundo-desemprego precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) durante reunião agendada para o próximo dia 30.

O ministro explicou que o critério usado para que as duas parcelas a mais sejam concedidas a esses trabalhadores foi a comparação da média entre 2003 e 2009, da evolução do emprego com carteira assinada em cada subsetor de atividade, com base no movimento dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro últimos.

"Os que tiveram saldo negativo 30% superior a essa média entraram no benefício. Portanto, quem foi demitido em dezembro, dentro dos subsetores e estados selecionados, terá mais duas parcelas. Quem tinha direito a três meses de seguro-desemprego, receberá cinco. Quem receberia cinco, contará com sete", disse Lupi.

O valor a ser recebido varia de R$ 465,00 (valor do salário mínimo) a R$ 870,01. O ministério estima que o gasto será de R$ 126 milhões.

O ministro disse ainda que não espera que seja feita novamente uma nova ampliação do seguro-desemprego porque no mês de fevereiro já houve uma recuperação no número de novos empregos. “Se tivéssemos uma média continuada de demissões negativas acima de 30% nos setores, poderíamos solicitar uma nova autorização”, explicou.

Lula anuncia R$ 34 bi para a construção de 1 milhão de casas populares em 2 anos

presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (25) o plano habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que prevê investimentos de R$ 34 bilhões para a construção de 1 milhão de moradias populares nos próximos dois anos.

Durante o lançamento, Lula lembrou que o plano cumpre duas funções: melhorar as condições de moradia das pessoas mais pobres e aumentar a oferta de empregos no país. A estimativa é de que sejam criados mais de 500 mil postos de trabalho.

Lula pediu empenho de governadores e prefeito para que elaborem os projetos habitacionais com rapidez e auxiliem na busca por terrenos. O presidente também sugeriu a criação de um Comitê Gestor – nos moldes do existente no PAC – para detectar “em tempo real” eventuais entraves na execução do programa.

“Neste programa, nós não vamos ter problemas de gastar. Nós queremos gastar esse dinheiro o quanto antes melhor”, disse.

Segundo Lula, a Caixa Econômica Federal está “altamente preparada” para que o plano comece a funcionar “a todo vapor” a partir de 13 de abril. “Vai depender muito de vocês (governadores e prefeitos). Agora precisamos de projeto para que a gente comece a desovar esse dinheiro”.

Baixa renda

As moradias serão feitas para as famílias com renda de até 10 salários mínimos. Do total, 400 mil serão destinadas a famílias com fonte de renda de até três salários mínimos. O governo federal espera, com o pacote, reduzir o déficit habitacional no país em 14%.

"Este não é um programa que é uma emergência ou um fator fora da curva. Ele dá sustentação à política de desenvolvimento de renda do governo federal. Também fortalece as famílias ao criar um espaço para eles criarem seus filhos", afirma a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Os recursos serão distribuídos de acordo com os dados do IBGE sobre o déficit em cada região do país. As famílias com renda até 3 salários mínimos terão subsídio integral do seguro de vida. O objetivo da medida é reduzir o valor das prestações. As famílias com renda de 3 a 10 salários mínimos terão redução dos custos com o seguro e acesso a um fundo garantidor, variando de acordo com a faixa em que está (de 3 a 6 mínimos e de 6 a 10).

A primeira prestação será paga somente na entrega do imóvel, e a prestação deverá comprometer apenas 20% da renda familiar. O pacote também prevê pagamento opcional de entrada pelo mutuário. Para famílias com renda de até 3 mínimos, a prestação (cujo valor mínimo é de R$ 50) pode comprometer apenas 10% da renda.

Para famílias de até 3 mínimos, não haverá pagamento dos custos cartoriais. "Nós vamos compatibilizar a prestação com a renda das famílias. Não dá para imaginar que com os custos de mercado a população de menor renda vá ter acesso a moradia sem interferência do governo", diz Rousseff.

As moradias construídas terão aquecimento solar térmico, o que ajudará também na redução da conta de luz dos mutuários. De acordo com Dilma, estão fora do programa os R$ 4,5 bilhões anteriormente disponíveis para habitação provenientes do FGTS.

Segundo a ministra, o programa prevê a simplificação da regularização fundiária urbana e terá a participação de Estados e municípios. "Vamos pedir terrenos. Sempre que houver uma participação dos Estados e municípios, pode-se aumentar o número de unidades."

Fundo garantidor

fundo garantidor prevê o refinanciamento de parte das prestações, caso o mutuário perca sua fonte de renda. Para famílias com renda de três a cinco salários mínimos, será garantido o pagamento de até 36 prestações; para famílias com orçamento de cinco a oito salários mínimos, até 24 prestações; e para as famílias que recebem de oito a dez salários mínimos, 12 prestações.

Para ter acesso ao fundo é preciso ter efetuado o pagamento de no mínimo seis prestações do imóvel e é necessário também o pagamento mínimo de 5% da prestação que foi refinanciada. Este valor será devolvido como bônus quando o refinanciamento for pago.

O mutuário terá que solicitar formalmente seu refinanciamento, comprovando a situação de desemprego, a cada seis prestações requeridas.

O pacote também barateia o seguro de vida prevendo a quitação do financiamento pela União em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário. A União também arcará com os custos de reparação de danos físicos ao imóvel.

Para cobertura de morte, invalidez e danos físicos no caso de um mutuário com mais de 61 anos, o custo atual do seguro corresponde a 35% da prestação. Com as novas medidas, o custo cairá para 6,64%, de acordo com a previsão do governo.

O programa é ousado e de grande impacto na economia brasileira. Seguramente será um dos principais programas anticrise que este governo vai implementar", afirma o ministro da Fazenda Guido Mantega.

Segundo o ministro das Cidades, Mário Fortes, "haverá uma destinação privilegiada do registro das moradias para a mulher. Também vamos priorizar os mutuários portadores de deficiência e idosos. Este é um programa abrangente e vamos atender a todos."

Fortes afirmou que um volume significativo de recursos será liberado para movimentos sociais. Ainda segundo o ministro, no projeto "o mais significativo é que estão lançadas as bases de um processo que pode ser definitivo para zerar o déficil habitacional."

Para Wilson Amaral, presidente da construtora e incorporadora Gafisa, o plano "trará a mobilização de centenas, milhares de empresários do setor de construção."

Teremos números bons para mostrar num horizonte de meses. Não é nada de longo prazo. E vai durar muito mais depois da crise. Não vai morrer daqui um ano ou dois", projeta Amaral.

Pacote contra a crise

Inicialmente, o governo planejou a construção de 200 mil casas como uma das medidas de combate à crise econômica mundial. O número subiu para 500 mil, até chegar ao total de 1 milhão.

Antes de anunciar o pacote, o governo realizou vários encontros com governadores e prefeitos, essencialmente para saber quais as contribuições que Estados e municípios poderiam dar para reduzir os custos do financiamento. Uma das ideias era a disponibilização de áreas para a construção das casas.

O governo também buscou formas de reduzir o peso do seguro de vida sobre as prestações, já que ele aumenta de acordo com a idade do mutuário. O padrão de juros também deveria ser "totalmente diferente", na visão do presidente Lula.

14/03/2009

ENCONTRO DE ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DA PJMP

ARQUIDIOCESE DE NATAL
PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR - PJMP

Parnamirim, 12 de março de 2009.

Queridos jovens animadores(as), coordenadores(as),
militantes, Religiosos(as), Sacerdotes e Diáconos e eternos simpatizantes da PJMP,

Hoje estivemos reunidos para pensar nos destinos da nossa querida PJMP e em função da nosso situação vimos que precisamos urgentemente nos encontrar. Neste sentido tiramos um encaminhamento de listar as cidades e Paróquias onde estamos presentes, estivemos ou não, na certeza de fazer crescer a PJMP na Arquidiocese de Natal. Aproveitando a motivação do Centenário da Diocese de Natal temos que ser missionários(as). E onde vamos exercer a nossa ação missionária? Claro, que tem que ser dentro do meio popular.
Assim estamos convidando duas ou três pessoas da sua cidade, Paróquia, bairro ou comunidade para participar deste encontro de animação e articulação da PJMP, que acontecerá de 27 (a partir das 18 horas), à 29 (até o almoço) deste mês de março.
A taxa por pessoa: R$ 10,00 – mas ninguém deixe de participar porque não tem a taxa. Fale com o padre da paróquia, faça uma coleta com os amigos e ou representantes dos grupos- onde houver.
Local: Centro Pastoral Pe. João Correia de Aquino - Parnamirim
O tema: “PJMP: em nossas mãos um sonho em mutirão”.
Para ajudar na organização do encontro pedimos que confirme a sua presença através dos telefones: Dany (084) 8867-1804, 3206-9770 emeio: danypjmpnatal@hotmail.com; Conceição: (084) 3615-2800, 9943-1560, 9411-9559 e emeio: ceicaopjmp@hotmail.com; Lauro: 3272-2722, 8859-2419 emeio: laurocaj@yahoo.com.br, Telma Rodrigues: 3272-6392, 9616-8473 e emeio: telmahrodrigues@hotmail.com.
Quem tiver planejamento das suas atividades deve trazer para entregar ao nosso representante regional.
Um forte abraço e aguardamos que vocês venham, com muita vontade de participar e de levar o Fogo do meio Popular a todos os cantos.

Josiane, Sônia, Lauro, Conceição, Dany, Telmah e Pe. Murilo.

DIA DA POESIA

Segundo Jussara Barros:

A poesia é a arte da linguagem humana, do gênero lírico, que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais, através das rimas cadenciadas.
As poesias fazem adoração a alguém ou a algo, mas pode ser contextualizada dentro do gênero satírico também.
Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), no dia de seu nascimento, 14 de março.


Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”, pois lutou grandemente pela abolição da escravidão. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera.
Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.
Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil.

12/03/2009

Programa Esporte e Lazer na Cidade - Passagem de Areia

A equipe do Programa Esporte e Lazer na Cidade de Parnamirim está comemorando os números positivos.

Mensalmente tem atendido 430 pessoas nas oficinas sistemáticas (FUTSAL, Voley, expressão corporal, danças populares...) e ao longo do ano beneficiou mais de 4000 pessoas com as oficinas Assistemáticas (passeios, aula temáticas, colônia de Férias, Gincanas, confraternizações).

Esse programa é implementado e gerenciado pela Secretária Nacional de Desenvolvimento do Esporte e visa, em síntese suprir a carência de políticas públicas e sociais que atendam as crescentes demandas da população por esporte recreativo de lazer, sobretudo daquelas em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Em Parnamirim o PELC (programa Esporte e Lazer da Cidade) é coordenado Pelo CEFET-RN em convênio com a Prefeitura Municipal de Parnamirim, através da Secretária Municipal de Esporte e Lazer.

10/03/2009

DADOS SOBRE A VIOLENCIA

Para nossa reflexão e aprofundamento do nosso debate apresentamos alguns dados sobre a violência que as mulheres vem sofrendo:
  • Segundo a Dra. Olívia Rangel, a violência é um elemento CONSTITUTIVO das relações de gênero de tipo opressivo. E que a subordinação da mulher assume diversas formas: simbólica, psicológica, moral e física.
    Uma das principais características de todas estas formas de violência é que, na sua grande maioria, são praticadas no contexto doméstico, no interior do lar.

  • 30% dos casos de violência doméstica, segundo Rangel, desmonta o "mito" (tão difundido entre a população) de que a violência contra a mulher seria fruto da miséria. Quem agride física ou moralmente mulheres não são só favelados desempregados, bêbados e geralmente de pele negra, mas muitas vezes médicos, advogados, professores universitários, executivos, gerentes financeiros, etc.

    Não é a toa que a cada 15 segundos, no Brasil, uma mulher é vítima de algum tipo de violência: moral, física ou assassinato. (Fundação Perseu Abrão);

    Que no Início do século XX as mulheres não tinham nem o direito de escolher o próprio marido (portanto, de decidir livremente sobre os aspectos mais relevantes da própria existência).
  • As mulheres sofrem violência em diversos âmbitos. Há violência no trabalho: a diferença salarial (para o mesmo cargo, uma mulher ganha várias vezes menos do que um homem) e o assédio sexual. Há violência na área de saúde: morte materna devida a atendimento médico inadequado (o RN tem um dos maiores índices deste fenômeno), pessoal médico não capacitado para reconhecer os casos de violência, atendimento superficial e irresponsável nos postos de saúde;
  • A maioria das pessoas acha que violência contra a mulher é apenas matar ou espancar, mas é errado: mas impedir que a própria esposa coloque um certo batom, que saia com as amigas, que viva a própria vida é violência, é considerar a mulher um objeto de propriedade ao invés que uma pessoa. E isto acontece em todas as classes sociais.
  • Segundo boletins de ocorrência coletados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Ribeira, anualmente são registrados 3.750 casos de violência contra a mulher em Natal.
  • Os dados da Organização das Nações Unidas mostram que dos 100 mil casos de tráfico humano na América Latina, 80% correspondem a mulheres e crianças, principalmente para fins de exploração sexual.
  • E que uma em cada três mulheres do planeta já foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais ou submetidas a algum tipo de abuso.
  • Dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – mostram que, de janeiro a junho de 2008, foram registrados 121.891 atendimentos - um aumento de 107,9% em relação ao mesmo período de 2007 (58.417).
  • De janeiro a setembro de 2008, foram registradas 134 denúncias de cárcere privado. O que significa um crescimento de 91,4% em relação à mesma época de 2007 (70).
  • Em 31 de outubro de 2003 no monitoramento da violência feita pelos direitos humanos, 26 mulheres foram assassinadas, por ex maridos, namorados, companheiros, se atualizarmos essa estatísticas vamos perceber que esse número aumentou assustadoramente.

08 de Março Dia Internacional da Mulher

O “Dia Internacional da Mulher – 08 de março” foi definido em conferencia realizada na Dinamarca no ano de 1910 e oficializada pela ONU em 1975 com o objetivo de homenagear as operárias massacradas e alertar a população para a violência decorrente das desigualdades estabelecidas nas relações entre homens e mulheres.
O episódio que deu origem a esse momento data do dia 08 de março de 1857, onde segundo relatos, “cento e trinta tecelãs de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque foram reprimidas com violência por que protagonizaram uma grande greve reivindicando melhores condições de trabalho: redução na carga horária diária, equiparação de salários entre homens e mulheres”, embora haja algumas divergências, em relação a esse fato, por parte de pesquisadores do assunto, todo/as concordam que a instituição do “08 de março” como dia internacional da mulher é resultado da luta das trabalhadoras.

Na atualidade, as mulheres representam mais da metade da população, estão mais qualificadas, mais independentes, e, embora, as mulheres ainda continuem a conviver com a desigualdade salarial em comparação ao homem e sendo as principais vítimas de violência sexista, neste dia especial, as mulheres têm várias conquistas a comemorar, como, por exemplo, a instituição da Lei Maria da Penha, a independência financeira e profissional, o avanço na escolaridade, na ocupação de espaços de poder, sendo que esses avanços foram conquistados à custa de muitas lutas, lutas estas que continuarão até que o direito à igualdade seja conquistado em toda sua plenitude, em todos os aspectos da vida social, para enfim, encantar a vida com justiça e paz.

HOJE RECEBI FLORES

MAIO
Hoje recebi flores!Não é o meu aniversárioou nenhum outro dia especial;tivemos a nossa primeira discussão ontem à noite,ele me disse muitas coisas cruéis que me ofenderam de verdade.Mas sei que está arrependido e não as disse a sério,porque ele me enviou flores hoje.Não é o nosso aniversário ou nenhum outro dia especial.

JUNHO
Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a asfixiar-me.Parecia um pesadelo, mas dos pesadelos nós acordamose descobrimos que não é real.Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos lados.Mas eu sei que está arrependidoporque ele me enviou flores hoje.E não é Dia dos Namorados ou nenhum outro dia especial.

JULHO
Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me.Nem a maquiagem ou as mangas compridas poderiam ocultaros cortes e golpes que me ocasionou desta vez.Não pude ir ao emprego hojeporque não queria que se apercebessem.Mas eu sei que está arrependidoporque ele me enviou flores hoje.E não era Dia das Mães ou nenhum outro dia.

AGOSTO
Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi muito pior.Se conseguir deixá-lo, o que é que vou fazer?Como poderia eu sozinha manter os meus filhos?O que acontecerá se faltar o dinheiro? Tenho tanto medo dele!Mas dependo tanto dele que tenho medo de o deixar.Mas eu sei que está arrependido,porque ele me enviou flores hoje.

SETEMBRO
Hoje é um dia muito especial: é o dia do meu funeral.Ontem finalmente ele conseguiu matar-me. Bateu-me até eu morrer.Se ao menos tivesse tido a coragem e a força para o deixar...Se tivesse pedido ajuda profissional...Hoje não teria recebido flores!

Mulheres do Conselho em festa
















Mulheres do Conselho de Direitos da Mulher trabalhando







08 de Março Dia Internacional da Mulher

Cumprir uma agenda interessante nas homenagens as mulheres, mas principalmente na reflexão sobre o significado do 08 de Março.


  • No dia 04 de março estive na Assembléia legislativa, na cidade do Natal vendo o movimento feminista (AMB, Marcha das Mulheres, Movimento de Moradia, Trabalhadoras Rurais, CUT, Fórum de mulheres e outras) apresentar a sua plataforma de lutas;
  • No dia 06 de março estive na Sessão Solene promovida Pelo Conselho dos Direitos da Mulher em Parceria com a Prefeitura Municipal de Parnamirim e com a Câmara de Vereadores e que entregou o Prêmio Iris de Almeida a 11 mulheres que vem se destacando na cidade de Parnamirim, contamos com presença de muitas autoridades entre elas nossa querida Deputada Federal Fátima Bezerra.
  • No dia 07 Estive na Igreja de São Judas Tadeu com o grupo de jovens JUPES e fizemos uma reflexão sobre o 08 de março e o combate a violencia contra mulher, lá reunimos vinte pessoas.
  • No dia 08 de março estive pela manhã na missa na matriz, onde tivemos um momento muito especial de reflexão a partir do evangelho. A tarde fui para Igreja Nsra. da Piedade em Bela Parnamirim para conversar com os jovens dos grupos de Bela Parnamirim e Sta Tereza sobre o combate a violência e a importancia da Lei Maria da Penha, reunimos 38 jovens.
  • No dia 09 de Março ainda não terminou as reflexões sobre o 08 de março, desta vez estive no pátio da Escola Estadual Maria Cristina com cerca de 100 pessoas.........é muito importante sensibilizar a sociedade e dar conhecimento as mulheres que existe um conselho de direitos da mulher na cidade.

09/03/2009

Oi gente........tô voltando a ativa............


Resenha no dia 14 de fevereiro de 2009 na casa de Jucenor e André.
Nesse momento foi compartilhado as fotos dos principais acontecimentos do Congresso de 30 anos da PJMP.
Foi divertidissímo - A próxima resenha acontecerá no próximo dia 14 de março na casa da companheira Telma.
Gente é bom lembra que é o dia da poesia.

08/03/2009

"SEM MÍDIA" FAZEM PROTESTO CONTRA FSP

Procura-se uma nova máscara para a Folha de S.Paulo. A fantasia de “jornal a serviço do Brasil”, “crítico, pluralista e apartidário”, “de rabo preso com o leitor”, foi desfiada de vez neste sábado (7), em ato promovido pelo Movimento dos Sem Mídia (MSM), em frente à sede da própria Folha, em São Paulo.

O manifesto do MSM cita dois editoriais da Folha. Um deles, assinado por Octávio Frias de Oliveira e publicado em 22 de setembro de 1971, exalta o “governo sério, responsável, respeitável” de Emílio Garrastazu Médici — o mesmo governo que massificou a tortura e a repressão por meio da Operação Bandeirantes (Oban). O texto comemorava ainda um Brasil “de onde a subversão” era “definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa.”


O segundo editorial, de 17 de fevereiro passado, desqualifica o presidente venezuelano Hugo Chávez em favor dos generais-presidentes da ditadura brasileira. “As chamadas ‘ditabrandas’ — caso do Brasil entre 1964 e 1985 — partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.

O conceito de “ditabranda”, tão falso quanto uma nota de R$ 3, foi repudiado por centenas leitores da Folha e personalidades como a professora Maria Victória Benevides e o jurista Fábio Konder Comparato. Aos dois em particular, a Folha esgarçou o desaforo, classificando a indignação deles de “cínica e mentirosa”. O ato deste sábado lhes prestou solidariedade.

Uma das presenças mais surpreendentes na manifestação foi a do padre Júlio Lancelotti, alvo recente de calúnia e difamação na grande mídia. “Deixei uma peregrinação porque fiz questão de vir para rezar aqui”, afirmou Lancelotti, que criticou o termo ditabranda — “os mortos morreram do mesmo jeito”. Segundo o padre, “a imprensa nos tortura psicologicamente, estupra a consciência do povo”.











O Movimento dos Sem Mídia, por meu intermédio, agradece formalmente o apoio das seguintes pessoas físicas e entidades da sociedade civil ao Ato Público de Repúdio contra o jornal Folha de São Paulo que teve lugar no último sábado.

Articulação Mulher e Mídia
Celso Lungaretti
Central Única dos Trabalhadores - CUT
Centro Acadêmico Benevides Paixão - PUC - SP
Centro Acadêmico de História da Unicastelo - SP
Centro Acadêmico de História da USP
Centro Acadêmico Wladimir Herzog - fac. Casper Líbero
Ciranda em defesa à Educação Infantil
Círculo Bolivariano de SP
Coletivo Estudantil de Direito da PUC - SP
Coletivo Socialismo e Liberdade - PSOL
Conselho Indigenista Missionário de SP
Deputado Carlos Neder
Facesp - Federação das Assoc Comunitárias de SP
Fórum em Defesa da Infância
Fórum Permanente ex-presos políticos de São Paulo
Grêmio Libre Estudantil Bertold Brecht - ETESP
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos
Intervozes
Ivan Seixas
Jornal Brasil de Fato
Luiza Erundina
Marcha Mundial das Mulheres
Ministério da Justiça - Comissão de Anistia
Movimento das Fábricas Ocupadas - Flasko
Movimento do Ministério Público Democrático
Movimento pelo Voto Aberto no Congresso Nacional
Padre Júlio Lancelotti
PC do B
Portal Vermelho
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Revista Caros Amigos
Sindicato dos Bancários
Setor de Direitos Humanos do MST
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Sindicato dos Metroviários da Capital
Sindicato dos Tralhadores em Editoras de Livros de São Paulo- SEEL
Toshio Kawamura
TV Brasil
UBES - União dos Estudantes Secundaristas
UNE - União Nacional dos Estudantes
União da Mulher de SP
União de Núcleos de Educação popular para Negros