- Segundo a Dra. Olívia Rangel, a violência é um elemento CONSTITUTIVO das relações de gênero de tipo opressivo. E que a subordinação da mulher assume diversas formas: simbólica, psicológica, moral e física.
Uma das principais características de todas estas formas de violência é que, na sua grande maioria, são praticadas no contexto doméstico, no interior do lar.
- 30% dos casos de violência doméstica, segundo Rangel, desmonta o "mito" (tão difundido entre a população) de que a violência contra a mulher seria fruto da miséria. Quem agride física ou moralmente mulheres não são só favelados desempregados, bêbados e geralmente de pele negra, mas muitas vezes médicos, advogados, professores universitários, executivos, gerentes financeiros, etc.
Não é a toa que a cada 15 segundos, no Brasil, uma mulher é vítima de algum tipo de violência: moral, física ou assassinato. (Fundação Perseu Abrão);
Que no Início do século XX as mulheres não tinham nem o direito de escolher o próprio marido (portanto, de decidir livremente sobre os aspectos mais relevantes da própria existência).
- As mulheres sofrem violência em diversos âmbitos. Há violência no trabalho: a diferença salarial (para o mesmo cargo, uma mulher ganha várias vezes menos do que um homem) e o assédio sexual. Há violência na área de saúde: morte materna devida a atendimento médico inadequado (o RN tem um dos maiores índices deste fenômeno), pessoal médico não capacitado para reconhecer os casos de violência, atendimento superficial e irresponsável nos postos de saúde;
- A maioria das pessoas acha que violência contra a mulher é apenas matar ou espancar, mas é errado: mas impedir que a própria esposa coloque um certo batom, que saia com as amigas, que viva a própria vida é violência, é considerar a mulher um objeto de propriedade ao invés que uma pessoa. E isto acontece em todas as classes sociais.
- Segundo boletins de ocorrência coletados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Ribeira, anualmente são registrados 3.750 casos de violência contra a mulher em Natal.
- Os dados da Organização das Nações Unidas mostram que dos 100 mil casos de tráfico humano na América Latina, 80% correspondem a mulheres e crianças, principalmente para fins de exploração sexual.
- E que uma em cada três mulheres do planeta já foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais ou submetidas a algum tipo de abuso.
- Dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – mostram que, de janeiro a junho de 2008, foram registrados 121.891 atendimentos - um aumento de 107,9% em relação ao mesmo período de 2007 (58.417).
- De janeiro a setembro de 2008, foram registradas 134 denúncias de cárcere privado. O que significa um crescimento de 91,4% em relação à mesma época de 2007 (70).
- Em 31 de outubro de 2003 no monitoramento da violência feita pelos direitos humanos, 26 mulheres foram assassinadas, por ex maridos, namorados, companheiros, se atualizarmos essa estatísticas vamos perceber que esse número aumentou assustadoramente.
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