24/08/2009
Parnamirim: Tom político marcou as comemorações do aniversário do prefeito Maurício Marques
Muita gente participou das comemorações do aniversário do prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, neste domingo(23).
Estavam presentes Maurício, o ex-prefeito Agnelo Alves, o senador Garibaldi Filho, o vice-governador Iberê Ferreira, o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, além de vereadores, secretários municipais, familiares e correligionários.
Almoço - No início da tarde, as comemorações continuaram no Parque Aristófanes Fernandes, quando centenas de convidados participaram de um almoço.
A deputada federal, Fátima Bezerra, que não participou da Missa pela manhã, se juntou a Maurício, Agnelo e a Carlos Eduardo no Parque Aristófanes Fernandes.
Na hora dos pronunciamentos, Agnelo lembrou da campanha eleitoral de 2008, ressaltando a virada de Maurício, que começou o pleito com 8 pontos nas pesquisas contra 56 do deputado Gilson Moura.
Fátima Bezerra lembrou que Parnamirim rejeitou o atraso elegendo Maurício. Ela elogiou o prefeito e anunciou para setembro a liberação de 4 milhões para inicio das obras de um Campus Avançado do IFRN (antigo Cefet) em Parnamirim.
Maurício agradeceu os apoios recebidos durante a campanha política, disse que a prefeitura está tocando as obras previstas no cronograma, apesar da queda no repasse de recursos federais.
O prefeito repetiu o que vem dizendo nas inaugurações: "Estamos trabalhando para melhorar o atendimento ao público em todos os setores da administração municipal. Estamos aqui para servir e não para ser servidos".
Carlos Eduardo – Um dos mais cumprimentados no aniversário de Agnelo foi o ex-prefeito Carlos Eduardo.
O ex-prefeito conversou demoradamente com a deputada Fátima Bezerra(De vermelho).
Em conversa com jornalistas, Carlos fez uma análise das últimas pesquisas eleitorais, que o coloca bem posicionado.
Ele considerou Bom o índice de 13% obtido na pesquisa do Ibope, apesar do "bombardeio" disparado pelos adversários, desde o início da administração da prefeita Micarla de Souza.
Carlos reafirmou sua pré-candidatura a governador pelo PDT.
A TRUTA
Eis o texto.
O homem pediu truta e o garçom perguntou se ele não gostaria de escolher uma pessoalmente.
- Como, escolher?
- No nosso viveiro. O senhor pode escolher a truta que quiser.
Ele não tinha visto o viveiro ao entrar no restaurante. Foi atrás do garçom. As trutas davam voltas e voltas dentro do aquário, como num cortejo. Algumas paravam por instante e ficavam olhando através do vidro, depois retomavam o cortejo. E o homem se viu encarando, olho no olho, uma truta que estacionara com a boca encostada no vidro à sua frente.
- Essa está bonita... - disse o garçom.
- Eu não sabia que se podia escolher. Pensei que elas já estivessem mortas.
- Não, nossas trutas são mortas na hora. Da água direto para a panela.
A truta continuava parada contra o vidro, olhando para o homem.
- Vai essa, doutor? Ela parece que está pedindo...
Mas o olhar da truta não era de quem queria ir direto para uma panela. Ela parecia examinar o homem. Parecia estar calculando a possibilidade de um diálogo.
Estranho, pensou o homem. Nunca tive que tomar uma decisão assim. Decidir um destino, decidir entre a vida e a morte. Não era como no supermercado, em que os bichos já estavam mortos e a responsabilidade não era sua - pelo menos não diretamente. Você podia comê-los sem remorso. Havia toda uma engrenagem montada para afastar você do remorso. As galinhas vinham já esquartejadas, suas partes acondicionadas em bandejas congeladas, nada mais distante da sua responsabilidade. Os peixes jaziam expostos no gelo, com os olhos abertos mas sem vida. Exatamente, olhos de peixe morto. Mas você não decretara a morte deles. Claro, era com sua aprovação tácita que bovinos, ovinos, suínos, caprinos, galinhas e peixes eram assassinados para lhe dar de comer. Mas você não estava presente no ato, não escolhia a vítima, não dava a ordem. Não via o sangue. De certa maneira, pensou o homem, vivi sempre assim, protegido das entranhas do mundo. Sem precisar me comprometer. Sem encarar as vítimas. Mas agora era preciso escolher.
- Vai essa, doutor? - insistiu o garçom.
- Não sei. Eu...
- Acho que foi ela que escolheu o senhor. Olha aí, ficou paradinha. Só faltando dizer ''Me come''.
O homem desejou que a truta deixasse de encará-lo e voltasse ao carrossel junto com as outras. Ou que pelo menos desviasse o olhar. Mas a truta continuava a fitá-lo. Ele estava delirando ou aquele olhar era de desafio?
- Vamos - estava dizendo a truta. - Pelo menos uma vez na vida, seja decidido.
Me escolha e me condene à morte, ou me deixe viver. A decisão é sua. Eu não decido nada. Sou apenas um peixe, com cérebro de peixe. Não escolhi estar neste tanque. Não posso decidir a minha vida, ou a de ninguém. Mas você pode. A minha e a sua. Você é um ser humano, um ente moral, com discernimento e consciência. Até agora foi um protegido, um desobrigado, um isento da vida. Mas chegou a hora de se comprometer. Você tem uma biografia para decidir. A minha. Agora. Depois pode decidir a sua, se gostar da experiência. O que não pode é continuar se escondendo da vida, e....
- Vai essa mesmo, doutor? - quis saber o garçom, já com a rede na mão para pegar a truta.
- Não - disse o homem. - Mudei de ideia. Vou pedir outra coisa.
E de volta na mesa, depois de reexaminar o cardápio, perguntou:
- Esses camarões estão vivos?
- Não, doutor. Os camarões estão mortos.
- Pode trazer.
20/08/2009
MARINA SAI DO PT PARA SER CANDIDATA À PRESIDÊNCIA
A senadora Marina Silva já se desligou do PT. Em carta enviada na manhã desta quarta-feira, 19, ao presidente do partido, Ricardo Berzoini, a ex-seringueira e ex-ministra do Meio Ambiente comunicou a decisão:
- Hoje lhe comunico minha decisão de deixar o Partido dos Trabalhadores. É uma decisão que exigiu de mim coragem para sair daquela que foi até agora a minha casa política e pela qual tenho tanto respeito, mas estou certa de que o faço numa inflexão necessária à coerência com o que acredito ser necessário alcançar como novo patamar de conquistas para os brasileiros e para a humanidade. Tenho certeza de que enfrentarei muitas dificuldades, mas a busca do novo, mesmo quando cercada de cuidados para não desconstituir os avanços a duras penas alcançados, nunca é isenta de riscos.
LULA DESEJA SORTE À MARINA
"Todo mundo sabe que a minha relação com a Marina é uma relação superior à relação partidária. Conheço a Marina há 30 anos, não são 30 dias - disse Lula, em entrevista a emissoras de rádio do Rio Grande do Norte. - Se a pessoa quer Se ela quis fazer uma opção e não me procurou para conversar é porque ela estava com a opção feita. Acho que, da mesma forma que veio para o PT, ela pode sair do PT. Saiu porque quis sair e espero que ela tenha sorte e que tudo que ela planeje dê certosair de um partido, não está confortável, é um direito da pessoa - disse Lula".
Não queria tratar desse assunto, que já considero superado. Mas tenho ainda duas questões a tratar no desligamento de Marina Silva do PT. A primeira considera o perfil da Senadora e a sua longa trajetória de lutas antes e depois de filiar-se ao PT. De lá para cá, Marina com certeza não mudou de ideais. Seu pensamento aprimorou-se, aprofundou-se, ganhou dimensões globais, mas os ideais permanecem iguais.
Essa Marina não se desligou do seu PT ideal – desligou-se do PT real, um partido, apesar de tudo, mais chegado a ela do que os partidos da Oposição. Não é à toa que Ricardo Berzoini, Presidente Nacional do PT, fez questão de declarar que o partido não pretende cobrar a vaga de Senadora.
Além de não ter conflitos de fundo com Marina, o PT vê na provável candidata à Presidência uma aliada de peso. Ele talvez tenha concluído que a entrada em cena de sua candidatura talvez possa prejudicar bem mais a Oposição. A outra questão trata da compreensão do pragmatismo, que é intrínseca à própria questão da política. É com pragmatismo que a política pode garantir ação contra o imobilismo dogmático (recusa absoluta ao pragmatismo) ou oportunista (pragmatismo extremado). Garantir a dose certa (se é que existe) de pragmatismo é fazer a boa política. Marina saiu do PT porque não aceitou o que seria excesso de pragmatismo do PT. Mas, com algo de contraditório, está exigindo, antes de se filiar, um certo pragmatismo do PV. Pelo menos é o que podemos concluir com as declarações do Vice-Presidente da Executiva Nacional do PV, Alfredo Sirkis, sobre a inclusão nos estatutos do partido de uma "cláusula de consciência", que permitirá aos filiados se absterem em relação a posições do partido que possam contrariar convicções religiosas.
Terá sido uma decisão tomada unicamente em função de Marina Silva, que é evangélica. Mas nenhum partido, por princípio, pode ter cláusulas que individualizem as decisões partidárias. É um pragmatismo que leva à própria negação do conceito de partido. Por tudo isso pergunto - afinal, para onde saiu Marina Silva?
17/08/2009
CAICÓ 1970
Em junho de 1890, como revela Olavo Medeiros em seu livro, um sujeito, um certo José Aprígio, foi multado em cinco mil réis porque ousou fazer xixi na calçada do açougue público.
A cidade potiguar nessa época tinha 11.609 mil habitantes (5.769 homens, 5.840 mulheres).
E em agosto de 1970 três jovens botaram Caicó no mapa espacial do mundo. Foi a primeira tentativa do homem voar no sertão.
Em Caicó, jovens cientistas e estudantes ficaram de bobeira com a espetacular viagem à Lua e resolveram também construir um foguete: inauguraram, assim, o Programa Espacial Caicoense, sob o comando de Zé Almino, o Astronauta, com a participação de Carlos de Zé Cassiano e Zenóbio de Chico Pedro (in memorian).
A preocupação com o meio-ambiente já era latente naqueles jovens destemidos e visionários empreendedores, porque os foguetes eram construídos com latas de óleo de comida, revestidos de taquari, instalados sobre uma base de lançamentos feita de restos de madeira de construção civil. Tudo ecologicamente correto.
Toda essa megaestrutura subia com uma mistura de pólvora e nitrato de alumínio, queimados com um pavio de 15 centímetros, que era deste tamanho pra dar tempo de correr do local de lançamento ao cara que acendia o pavio.
A experiência – meio tosca, é verdade – possibilitou a construção de cinco foguetes, dos quais quatro tiveram lançamentos bem sucedidos e um que falhou, justamente o que reuniu mais de 80% de população de Caicó dentro do Rio Seridó e sobre a ponte Soldado Francisco Dias.
Antes do grande dia, os cientistas caicoenses fizeram três lançamentos bem sucedidos na Base Aeroespacial do Rio Seridó, quando os foguetes subiram e sumiram no céu azul e sem nuvens de Caicó. Fazia pouco mais de um ano da chegada do homem à Lua.
Com o sucesso da fase experimental, Zé Almino, Carlos de Zé Cassiano e Zenóbio de Chico Pedro resolveram fazer um lançamento para o grande público: a esta altura, os boatos corriam na cidade, dando conta dos foguetes fabricados em Caicó.
A curiosidade da população sobre os lançamentos de foguetes dominava todas as rodas de conversas nas mesas do Bar de Ferreirinha, nas feiras livres, lojas, escolas e nas esquinas da cidade: só se falava naquilo.
Na grande data, em meados de agosto de 1970, o país com o peito estufado pela conquista do Tri-Campeonato da Seleção Brasileira, arma-se o circo para o primeiro lançamento público: a Polícia Militar e o Exército foram mobilizados pra conter a ansiedade do povo com o quarto lançamento do Programa Espacial Caicoense.
Era tanta gente sobre a ponte, que a estrutura ameaçava cair a qualquer momento.Presentes ao grande evento autoridades como o vice-prefeito Vicente Macedo, o comandante do Batalhão Major Caminha, o delegado Dr. Marcílio, vereadores, o gerente do Banco do Brasil, os guardas fiscais e a plebe rude.
Padre Antenor e o seu fiel escudeiro, Ciriáco, subiram na torre do sino da Igreja de Sant’Ana, o melhor e mais seguro lugar de Caicó para visualizar o grande lançamento, e não permitiram a entrada de mais ninguém naquele espaço privilegiado.
Os dois cinemas da cidade, o São Francisco e o Rio Branco, suspenderam as sessões por absoluta falta de público, as escolas cancelaram as aulas, as repartições públicas decretaram ponto facultativo, o comércio e a indústria liberaram os funcionários para que todos vissem aquela fantástica experiência.
Contagem regressiva: 5…., 4…., 3…, 2…. 1…Zé Almino tocou fogo no pavio, que queimou lentamente…
A tensão aumentava entre as mais de 20 mil pessoas que presenciavam aquele momento histórico, todo mundo de mãos postas, suando…De repente, um estrondo…
“Óoohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh”, gritaram todos, em uníssono…
O último lançamento do Programa Espacial Caicoense ocorreu no dia 7 de setembro de 1970, nas dependências do 1o Batalhão de Engenharia de Construção: incentivados pelo major Caminha (”falhas ocorrem até na NASA”, disse ele aos jovens cientistas caicoenses), Zé Almino, Carlos e Zenóbio colocaram o último foguete em órbita, sem falhas e tendo apenas os militares como testemunhas.
16/08/2009
A EMERGÊNCIA DE UM “ESTATUTO ÉTICO” PARA AS COMUNICAÇÕES
"O PT só tem boas lições a dar"
Por Luiza Villaméa
FILTRO "Não estamos simplesmente importando acriticamente as experiências brasileiras", diz Vanda |
Nascida e criada na zona leste paulistana, a advogada Vanda Pignato, 46 anos, jamais sonhou com a vida em palácios. Agora, no entanto, ela só aguarda o término de uma reforma para se mudar, com o marido, o presidente Mauricio Funes, e o filho Gabriel, a quem chama de Bibi, para a residência presidencial, em San Salvador, a capital de El Salvador. Como se não bastasse o papel de primeira-dama, Vanda também assumiu a Secretaria de Inclusão Social do país, que tem sete milhões de habitantes, 10% deles abaixo da linha da pobreza. O tempo livre, dedica ao filho, que ainda não completou dois anos, e teve de ser tirado de El Salvador durante a campanha eleitoral, devido às ameaças que a família sofria. Foi o começo da cota de sacrifício que, acredita Vanda, o filho está pagando em favor do país. O garoto já se adaptou à nova realidade. "O Bibi gosta da ritualística do poder. Desde a festa da posse, em toda solenidade de que participa, ele lança acenos, todo compenetrado, para as pessoas", conta.
Petista de carteirinha, Vanda representou o partido na América Central até junho, quando Funes, antigo correspondente da CNN em espanhol e âncora do Canal 12, foi empossado na Presidência. Há cerca de 13 anos, ela apresentou o marido a Luiz Inácio Lula da Silva, cujos programas agora inspiram o governo Funes. Não se trata, porém, de uma simples clonagem. "A esquerda salvadorenha, mesmo quando estava longe do poder, soube pensar o país", diz Vanda.
"Temos a chance, agora, de colocar isso em prática, somando nossos esforços com a experiência de países amigos, em especial o Brasil."
ISTOÉ - Como a sra. define seu estilo de primeira-dama?
Vanda Pignato - Sou o que sempre fui: uma mulher de ação política e compromisso social. Virei primeira-dama por uma feliz coincidência do amor e da luta política. E não vou trair, jamais, o meu destino. Ser primeira-dama me orgulha e me abre portas dentro e fora do meu país. Mas quero ser mais conhecida por meu trabalho na Secretaria de Inclusão Social.
ISTOÉ - A sra. não corre o risco de cair no clientelismo?
Vanda - Não. A secretaria, aliás, é um símbolo do estilo que queremos implantar. Ela foi criada para substituir a antiga Secretaria de Família e da Juventude, de característica clientelista. A Secretaria Nacional da Família era ocupada, tradicionalmente, pelas primeiras-damas salvadorenhas.
ISTOÉ - É possível exercer o poder sem se afastar das bases?
Vanda - Impossível mesmo é governar longe das bases. Em apenas dois meses de governo, o presidente já se reuniu mais vezes com os movimentos sociais do que em vários anos do antigo regime. O presidente quer ampliar cada vez mais sua base social e política, num trabalho de articulação com os movimentos sociais e os partidos. Ele acaba de criar, inclusive, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
ISTOÉ - Um de seus principais projetos na campanha eleitoral foi o Cidade Mulher. Ele já foi colocado em prática?
Vanda - Já temos o projeto da primeira unidade, que, aliás, é de um dos gênios da arquitetura brasileira, João Filgueiras Lima, o Lelé. Um dos arquitetos de mais sensibilidade social que conheço.
ISTOÉ - Como vai funcionar?
Vanda - O Cidade Mulher é um grande centro de apoio e atendimento às mulheres e seus filhos de até cinco anos. É um misto de espaço de convivência e de formação profissional e cultural. Em cada unidade vão funcionar creche, serviços de atendimento médico e odontológico, oficinas de formação de mão de obra, agências de microcrédito e apoio jurídico, centro de inclusão digital, biblioteca e teatro.
ISTOÉ - Quantos centros como esse El Salvador precisa?
Vanda - A ideia é construir 14 unidades em todo o país, nas capitais administrativas. Estamos buscando financiamento internacional para isso e a receptividade tem sido muito boa. Meu sonho é inaugurar a primeira Cidade Mulher no início do próximo ano.
"Maus exemplos antidemocráticos, como o golpe em Honduras, não prosperam mais na América Latina. Causam nojo e vergonha" |
ISTOÉ - A sra. tem um filho, Gabriel, de pouco mais de um ano. Como é conciliar a maternidade com as atividades de primeira-dama?
Vanda - Às vezes é duro. Mas o Mauricio é um grande pai e isso ajuda muito. Minha família toda também é muito presente. O Bibi, como salvadorenho, está pagando a sua cota de sacrifício em favor de um país melhor para os adultos de hoje e para a geração dele, dos seus filhos e netos. E o Bibi gosta da ritualística do poder. Desde a festa da posse, em toda solenidade de que participa, ele lança acenos, todo compenetrado, para as pessoas.
ISTOÉ - Foi a sra. quem apresentou seu marido ao presidente Lula?
Vanda - Sim. Isso aconteceu há uns 13 anos. Desde o primeiro momento, rolou uma boa química e simpatia entre os dois. Além disso, eles têm uma visão de mundo bem parecida.
ISTOÉ - Como se dá o intercâmbio com o governo Lula?
Vanda - Da forma mais madura e solidária possível. O presidente Lula elevou o Brasil a um novo patamar no mundo, e feliz do país que tenha a colaboração do Brasil. Eu e Mauricio temos a felicidade de ser amigos, de muitos anos, do presidente Lula e de vários membros da sua equipe. Estamos ainda estudando as formas mais efetivas de troca de experiências e ações conjuntas em várias áreas.
ISTOÉ - O presidente, o ministro Patrus Ananias e o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, estiveram recentemente em El Salvador. Qual a contribuição deles ao governo Funes?
Vanda - Eles são amigos pessoais e velhos companheiros de luta. Todos, agora, com ampla experiência em um dos governos mais exitosos do mundo. As sugestões deles têm sido valiosas para nós. Porém, o melhor é que eles estão opinando em cima de propostas nossas. Não estamos simplesmente importando acriticamente as experiências brasileiras, por melhor que elas sejam. A esquerda salvadorenha, mesmo longe do poder, soube pensar o país. Temos a chance, agora, de colocar isso em prática, somando nossos esforços com a experiência de países amigos, em especial o Brasil.
STOÉ - O presidente Funes pretende implantar o Bolsa Família?
Vanda - Na verdade, o governo passado, mesmo sendo de direita, já havia feito uma primeira experiência, fazendo uma cópia malfeita e diminuta do Bolsa Família. Mauricio ampliou o programa e fez modificações. É um começo. Nossa ideia é fazer um programa mais amplo e diversificado.
ISTOÉ - A sra. é filiada ao PT desde 1981 e durante muitos anos representou o partido na América Central. Como vê o PT hoje?
Vanda - O PT está num grande momento de amadurecimento e crescimento. É hoje um dos maiores partidos de massa do mundo e sabe se comportar, muito bem, como partido governante. Vi, recentemente, uma pesquisa em que ele aparece como o partido de maior preferência entre os brasileiros. Isso não é pouco.
ISTOÉ - Na crise que assola o Senado, boa parte do PT defende o presidente da Casa, José Sarney. A sra. apoia esta postura?
Vanda - Sou brasileira, mas sou também primeira-dama de um país estrangeiro. Não me compete comentar particularidades da vida política brasileira. Mas tenho experiência política suficiente para saber que o partido de um presidente deve buscar sempre dar governabilidade ao seu governo. Toda vez que apoiar o presidente e a governabilidade, o PT, na minha opinião, está agindo bem.
ISTOÉ - Quais lições a sra. leva do PT para aplicar em El Salvador?
Vanda - A principal eu posso dizer numa frase: compromisso prioritário com os mais pobres.
ISTOÉ - E quais lições a sra. leva para não aplicar?
Vanda - Acho que o PT, como partido, só tem boas lições a dar. Um ou outro problema individual não significa posição partidária.
ISTOÉ - Honduras faz fronteira com El Salvador. Como a instabilidade política daquele país afeta El Salvador?
Vanda - O caso de Honduras não afeta apenas El Salvador, mas a democracia em todo o mundo. Não é por acaso que os golpistas estão recebendo a desaprovação unânime de todos os países. Mas a democracia em El Salvador é sólida e a transição tem se dado com muito equilíbrio. Maus exemplos não influenciam mais o povo salvadorenho. Até porque tenho certeza de que no desfecho final a democracia vai vencer em Honduras.
ISTOÉ - Mas a instabilidade política em Honduras pode favorecer a volta de golpes militares na América Latina?
Vanda - Ao contrário. Acho que vai servir para consolidar ainda mais o sentimento e a prática da democracia. Na América Latina vai ficar o sentimento de repulsa a atitudes arbitrárias e criminosas. Repito: é um mau exemplo. E maus exemplos antidemocráticos não prosperam mais na região. Causam nojo e vergonha.
ISTOÉ - O que a sra. acha da atuação de dona Marisa como primeiradama?
Vanda - Tenho o privilégio de conhecer dona Marisa e o presidente Lula há décadas. Dona Marisa é uma petista histórica, das mais apaixonadas. É uma mulher que não gosta de protagonismo, mas que trabalha, com constância e firmeza, no bastidor. É uma pessoa muito sensível e atenta às questões sociais. Ela continua sendo a principal conselheira do presidente Lula.
Ela continua sendo a principal conselheira do presidente Lula"
10/08/2009
Assistência Social promoverá Conferência Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente
O evento deve reunir cerca de 250 pessoas de 24 municípios, entre conselheiros de direitos, conselheiros tutelares, representantes do governo e da sociedade civil organizadas, além de adolescentes. Na ocasião serão discutidos os rumos da Política, Proteção, Promoção e Defesa dos Direitos Infanto-Juvenis, para a criação do Plano Decenal desta área.
Atualmente, a Prefeitura de Parnamirim desenvolve diversas ações voltadas para a garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, desde a educação de qualidade, o pronto-atendimento especializado na saúde e a garantia de acesso aos direitos básicos do público infanto-juvenil, realizado através dos Programas Sociais da Assistência Social, tais como o CRAS (Casa da Família), CREAS (atendimento a criança e o adolescente vítima de violência e em medidas sócio-educativas”, Peti (combate ao trabalho infantil) e o Projovem Adolescente (jovens entre 15 e 17 anos, formando para a cidadania).
Municípios participantes:
Baia Formosa
Brejinho
Canguaretama
Espírito Santo
Goianinha
Jundiá
Lagoa de Dantas
Lagoa de Pedra
Montanhas
Monte Alegre
Monte das Gameleiras
Nísia Floresta
Nova Cruz
Parnamirim
Passa e Fica
Passagem
Pedro Velho
Senador Elói de Souza
Senador Georgino Avelino
Santo Antônio
Serrinha
Serra de São Bento
Vera Cruz
Prefeito de Parnamirim recebe representantes da comunidade Moita Verde
Silvana Rodrigues, ao falar em nome do grupo, elogiou o fato de o prefeito receber o grupo. “Pela primeira vez estamos sendo recebidos pelo prefeito de nossa cidade para podermos expor as nossas dificuldades”, comentou.
O prefeito Maurício Marques fez questão de ouvir todas as representantes do Moita Verde e expôs o que será possível fazer em cada uma das reivindicações. O projeto de saneamento para aquela área já está garantido, assim como o projeto de drenagem e pavimentação que também já se encontra pré-aprovado. “Esses projetos vão sair, apesar de não poder ainda definir uma data. Mas garanto que vai sair porque os projetos estão em andamento”, disse.
A questão de segurança, apesar de ser competência do Estado, também é uma preocupação da administração municipal. Graças a um convênio firmado com o governo do Estado, a Prefeitura está recuperando todos os postos policiais, inclusive o do Jockey Clube, próximo da Comunidade Moita Verde e o município vai receber 14 viaturas e 30 homens para atuar na segurança.
Quanto à iluminação pública, o prefeito revelou ao grupo que a questão é mais simples de ser resolvida e que entraria em contato com a Secretaria de Serviços Urbanos para providenciar a manutenção, quando necessitar e a instalação de postes onde for preciso. As questões da saúde e educação também serão averiguadas. “Vocês não precisam se preocupar, vou hoje mesmo entrar em contato com os secretários e providenciar a reabertura do centro infantil e ver a destinação de uma equipe do PSF para atender o Moita Verde”, justificou o prefeito.
Depois de expor o que a administração está fazendo pela comunidade o prefeito Maurício Marques agradeceu ao grupo por procura-lo e por depositar nele essa confiança. “Só tenho a agradecer a vocês e dizer que estou sempre aberto para ouvir os problemas da comunidade e na medida do possível tentar resolvê-los”, concluiu.
MINISTRA DILMA ANUNCIA MAIS RECURSOS PARA O RN
02/08/2009
Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender
1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
MARTE x VÊNUS
Governo reajusta valor do Bolsa Família
O Diário Oficial da União desta sexta-feira (31) publica o decreto presidencial que reajusta o valor do benefício do Bolsa Família. |