06/02/2008

Mídia no ataque, novamente...

Ano eleitoral é fogo! Mal cheguei da "folia" e me deparei com a nova campanha midiática contra o PT e o Governo Lula. Descobri que ministra da Igualdade racial, Matilde Ribeiro, havia pedido exoneração do cargo devido a suposto mau uso dos cartões corporativos. Ao que parece, a ministra cometeu o "grave crime" de usar o referido cartão em uma compra pessoal no valor R$ 400,00. Além disso, parece que durante o ano de 2007, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) foi "campeão" de gastos.

Fui procurar mais informações sobre o assunto e, qual não foi a minha surpresa, ao descobrir que o referido caso, ainda não foi apreciado pelo TCU, tampouco havia uma análise mais criteriosa por parte da CGU a respeito da "qualidade" dos gastos.

A fonte da informação utilizada pela mídia foi o portal da transparência inaugurado pelo atual Governo.

Aí pensei, já que a mídia nacional deu tanto ênfase para forma, supostamente, antiética da ministra no uso do cartão coporativo, não seria lícito exigir dessa mesma mídia a ética profissional que a mesma reclama do membros do Governo?

Ora, não critico a imprensa por acompanhar os gastos governamentais para manter a população informada, o que questiono é se essa imprensa está habilitada para analizar devidamente tais gastos, porque o que vi foi um julgamento sumário com a respectiva sentença: "demissão" (Prontamente, seguida pelo Governo).

Não sei por que ainda me espanto com tamanho grau de parcialidade e cinismo da nossa imprensa corporativa. Lembro-me que há poucos anos, foi denunciado que Governo FHC teria gasto R$ 10 milhões do erário público para garantir a estrutura de um stander de uma empresa de propriedade de Paulo Henrique Cardoso,na feira de Hanover. A filha de FHC, que era assessora da presidência, também foi acusada de se utilizar indevidamente de um avião da FAB para visitar uma das fazendas da família, contudo, mais uma vez, a imprensa fez vista grossa, demonstrando que os "princípios éticos" que defendem, estão circunscritos à conveniência e seus interesses econômicos e políticos.

Por último, quero esclarecer que não defendo qualquer condecendência com eventuais desvios éticos de quem quer que seja, porém, como cidadã, me reservo o direito de aguardar que os orgãos competentes (TCU,CGU...)se manifestem. Tenho por princípio, antes de julgar uma pessoa, conhecer o contraditório e desconfio da seriedade de qualquer instituição ou pessoa que haja de modo diferente.

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