01/02/2009

O Consenso de Washington foi uma experiência desastrosa"

Em ato organizado pela Fundação Perseu Abramo, no FSM 2009, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, teve seu nome cantado como candidata à presidência da República. Na manifestação, Dilma (na foto, ao lado da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa) criticou o receituário aplicado pelo chamado Consenso de Washington, que pregava a submissão do Estado ao mercado. "Essa crise é também a crise de um pensamento que defendeu que o Estado devia ser curvar ao mercado, e que o mercado era perfeito. Pois eu quero dizer a vocês que o mercado tem de ser controlado, sim", defendeu.

BELÉM - Um debate organizado pela Fundação Perseu Abramo, do PT, reuniu na tarde desta quinta-feira (29) lideranças femininas do partido na Casa de Cuba, lotando o espaço em clima de euforia. Entre os presentes, a ex-candidata a presidente da França e dirigente do PS francês Ségolène Royal ecoou as palavras da senadora petista Fatima Cleide: “Nós somos metade do país e mães da outra metade”. “C'est genial”, disse, sorrindo, Ségolène. Mas a grande atração da manifestação foi mesmo a ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma Roussef.

O ato, aberto pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), foi dedicado ao “papel da mulher na política”. E acabou se transformando em uma demonstração de apoio à candidatura de Dilma Roussef, à presidência da República nas eleições de 2010. Na Casa de Cuba, que se tornou conhecida por suas festas e shows nos Fóruns e que nesta edição exibe um imenso painel e várias atividades celebrando os 50 anos da Revolução Cubana, uma multidão de militantes e participantes do Fórum gritavam “Olê, Olê, Olê Olá, Dilmaaaa, Dilma”.

 A pré-candidata petista à sucessão de Lula foi apresentada na mesa também composta pela Ministra Nilcéia Freire e pela senadora de Rondônia Fatima Cleide. 

“Queria começar minha fala rendendo uma homenagem a uma mulher que não está mais entre nós, mas que foi muito importante para a revolução cubana, Vilma Spín, disse a ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do governo federal.


Freire se referiu à eleição da atual presidente do Chile, Michele Bachelet, como um grande avanço no combate ao que chamou de déficit de representação da mulher nas nossas sociedades. Para ela, a questão da mulher na política é uma questão da democracia, “que não pode estar completa enquanto não estivermos equitativamente representadas nos espaços de poder”.

A ministra terminou sua fala citando a presidente do Chile: “Quando a mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política”. De repente, a governadora vê Segolène Royal sentada ao lado do palco e a chama. A dirigente socialista francesa sobe e cumprimenta calorosamente a cada uma das participantes do ato. Então, foi a vez da senadora Fatima Cleide (PT), de Rondônia, que reproduziu uma frase atribuída a Benedita da Silva: “Nós mulheres, somos a metade da população e mãe da outra metade”. Foi aí que Ségolène Royal não se conteve e disse para os franceses que a acompanhavam: “c' est genial”. 

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